Romã

Com aparência arredondada, coloração marrom-avermelhada, com tamanho semelhante ao da laranja e casca dura, a romã é uma fruta com origens na Ásia e Oriente Médio. Seu interior conta com polpa avermelhada envolvendo pequenas sementes; enquanto seus arbustos costumam conter ramos espinhosos. Seu consumo é mais intenso em festas de final de ano, como símbolo de desejo de boa sorte.

Seus diversos benefícios fizeram com que a fruta fosse considerada um fruto divino, sendo relacionada à deusa Afrodite, além de nomear cidades na Itália e Espanha, considerado um símbolo de fecundidade e fruta dos mortos aos gregos (além de ter relação com a história de Perséfone, considerada a deusa grega da agricultura, vegetação e da fertilidade dos plantios, e também responsável pelas estações do ano), esperança e prosperidade aos judeus, e riqueza e ordem aos romanos. Há relatos na Bíblia com referência à fruta, tendo imagens representadas em esculturas, pedras e diversos outros artefatos da época. A fruta conta com registros de domesticação na região do Irã por volta dos anos 2.000 a.C.; e foi introduzida no Egito, Síria e Israel por volta de 1.600 a.C.

Seu consumo pode ser in natura, sucos, xaropes, chás, saladas de frutas, vinhos, vinagres, café, coquetéis, molhos, doces, polpas, sobremesas e diversos outros pratos. A Inglaterra é o maior comprador da fruta, principalmente por conta das propriedades de descontaminação por metais pesados, devido sua riqueza em manganês. Além deste mineral, a romã também conta com sódio, potássio, cálcio, ferro, fósforo, vitaminas C, K e complexo B, fibras e ácido fólico.

A fruta tem propriedades de fortalecimento do sistema imunológico, de tratamento de dores de garganta, antibacteriana, vermífugo, antisséptico e antifúngica; previne gengivite, periodontite e estomatite; protege dos radicais livres (combatendo o envelhecimento, doenças cardíacas, Alzheimer e até mesmo câncer); melhora a memória, controla a pressão arterial e colesterol, alivia artrite reumatoide, melhora a saúde óssea, combate acne e queda de cabelo e auxilia na perda de peso. Vale ressaltar que a fruta consumida em excesso pode causar reações alérgicas (causando sensibilidade na pele e respiratória), como coceira, inchaço, coriza, dificuldade para respirar. A raiz é uma das partes mais perigosas, por conter uma pequena quantidade de veneno. Grávidas e lactantes devem consultar um médico antes de consumir, devido ao risco de seu consumo.

Plantio e cultivo

No Brasil, é mais comum no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, porém pode ocorrer em boa parte do restante do país. Adaptada aos climas tropicais, subtropicais, prefere climas quentes e secos, podendo se desenvolver até mesmo em climas semiáridos. Para uma boa produção, é necessário o cultivo em local com abundância de luz solar (ao menos 6 horas de luz solar por dia), e temperaturas superiores a 30ºC. Já o solo deve ser fértil (recomenda-se o uso de esterco curtido, húmus ou substrato) e bem drenado, evitando umidade excessiva, principalmente durante a floração. Também é necessário se atentar à proteção contra ventos fortes, pois podem prejudicar a polinização. Também se recomenda a aplicação sulfato de amônia.

O período recomendado para o plantio é no início da primavera, porém pode ser plantada em qualquer época do ano. A cova recomendada deve ter 30cm x 30cm x 30cm. Após o plantio, recomenda-se a rega, e posteriormente irrigar a cada 2 dias até o surgimento de novas folhas, ampliando o intervalo até chegar a ocorrer de 10 em 10 dias. A poda é recomendada para a modelagem da árvore e retirada de galhos secos e muito longos, principalmente em plantios em vasos; visando um melhor arejamento e incidência de luz. Além de produzir frutos, a romã pode ser usada de forma ornamental, pois conta com variedade anã (indicada pra ambientes menores) e conta com floração atraente. A planta pode sofrer com cochonilhas, pulgões e formigas.

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