Coqueiro anão

Muito utilizado para a comercialização de água de coco imaturo, o coqueiro anão está presente em praticamente todas as regiões do Brasil, com destaque para o nordeste, com a liderança do estado da Bahia. A planta é considerada a “árvore da vida”, pois praticamente todas as suas partes são úteis para as atividades do homem. As folhas desta variedade são grandes e com tonalidade forte de verde e amarelo, podendo atingir até 6m. Seu coco tem casca dura, de coloração verde (mais consumido no país), amarelo ou vermelho; apresenta fibras e é oco.

Em seu interior, o líquido apresenta sabor singular, que após amadurecer vira uma polpa branca leitosa. A água de coco é um isotônico natural, rica em nutrientes, livre de gordura; apresenta proteínas, vitaminas, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, sódio, ferro e vitamina C e do complexo B. A água é muito utilizada na biomedicina, principalmente para a conservação de tecidos orgânicos, como córneas e gametas; além de servir como cultura para vírus e bactérias, obtenção de vacinas e meio para culturas vegetais.

Por contar com uma densidade semelhante à do plasma sanguíneo, a água de coco pode ser usada como infusão intravenosa em casos de desidratação, além do fato de ter pH favorável, presença de aminoácidos essenciais, vitaminas do complexo B, ácido ascórbico e eletrólitos. Inclusive, durante a Segunda Guerra Mundial, foi utilizada como soro fisiológico para equilibrar os líquidos durante cirurgias de emergência. Assim como sua variedade gigante, o coqueiro anão é asiático. A variedade gigante chegou ao Brasil no início do período colonial, em 1553, nos navios portugueses na Bahia, e logo se popularizou rapidamente e expandiu para outras regiões do país, iniciando pelo litoral nordeste e migrando para outras regiões com abundância de luz solar. Já a variedade anã desembarcou em terras brasileiras somente em 1925, também se iniciando no Nordeste e se popularizando gradualmente para o interior do país.

O consumo se dá pela polpa in natura, sua água, cosméticos, óleo, doces, bolos, leite de coco, coco ralado e diversos outros pratos. Suas folhas são utilizadas para fabricação de cestos, telhados de palha; já seu tronco oferece madeira para construção; enquanto sua fibra é amplamente utilizada para artesanato (principalmente tapetes e cordas).

Plantio e cultivo

O local escolhido deve contar com boa luminosidade solar (um coqueiro saudável costuma receber cerca de 2 mil horas de sol por ano), pois esta fruta depende fortemente de fotossíntese. Já o solo deve ser profundo, não pedregoso, deve ser arenoso e argiloso, com boa drenagem e com incidência de chuvas ou lençóis freáticos. Caso necessário, realizar irrigação artificial para prover água nas proporções adequadas para o bom desenvolvimento, com uma rega recomendada de 20 litros de água a cada 3 a 5 dias. Uma análise prévia do solo é recomendada, para uma indicação mais precisa de quais nutrientes o solo carece ou não.

Recomenda-se não o plantar em vaso, pois embora seja reduzido em relação à sua variedade tradicional, ele pode atingir até 12m de altura, e suas raízes costumam crescer mais do que o tamanho de um vaso. Também recomenda-se reservar uma área de 7,5m x 7,5m para possibilitar o crescimento e distanciamento adequado da planta. Aconselha-se o plantio durante estações chuvosas, e a planta pode produzir anualmente de 150 a 200 frutos. Após a colheita, indica-se a realização da limpeza da copa, retirando as folhas secas, doentes e restos de inflorescência.

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